sábado, 1 de novembro de 2008

A arte do piropo!


Desde os primórdios existenciais da raça humana que se utiliza jogos de sedução para atingir o apetecível pitéu que acabaram de visualizar e que passou a ser seu alvo sexual, com o forte intuito, de como agora na gíria dizemos…para lhe saltar pá cueca.


Desta arte de sedução…fazem parte os famosos piropos…que podem ser rebuscados, simples mas fofitos…ou azeiteiros e à pedreiro…


Quem nunca ouviu, ao passar acompanhado por uma menina por uma obra, o belo do trolha com o bronze da camisolinha de cavas, a dizer: “Oh Febra (sim porque não é fêvera lol), chega-te aqui à brasa…” ou ainda: “"Se eu fosse cavaleiro montava-te de certeza!".


Ou melhor ainda, como já aconteceu a uma miúda em Coimbra, que realmente era uma bomba com pernas de tão gira e tesuda que era, e em que este diz: “Oh BOAAAAAAAAA, mandava-te uma…”; em que ela continuou a caminhada, mas resolveu voltar atrás e dizer alto e bom som: “Só uma? Paneleiro”. Escusado será dizer que foi gargalhada geral quer na rua, quer na obra…


Um piropo muito infeliz, fui eu espectador na cidade do Porto. Uma rapariga novinha, numa paragem de autocarro, com os livros escolares nas mãos…e um chico esperto que passava de carro abre a janela e diz: “Quanto levas?”, mais uma vez a menina esteve à altura da boca foleira e diz: “Metade do preço da tua mãe”. O rapazinho ficou incomodado e ainda se achava cheio de razão e queria vir bater na menina, só porque esta esteve à altura e deu-lhe uma resposta na justa medida…definição simples: OTÁRIO.


Bem, eu acho que fui alvo de um piropo há pouco tempo…soft sim, mas acho que era um piropo…


Uma personagem depois de ter metido conversa comigo…e após termos trocado umas ténues palavras e de termos dito alguns disparates juntos no grupo em que estávamos inseridos…aquando da despedida disse-me: “Gostei de te conhecer…tens energia branca”.


Por momentos pensei que me teria sentado em cima de uma lâmpada e que estaria a dar luz pelo cú, como os pirilampos lol mas não, acho que no afinal de contas até foi um elogio, e que até sou um rapazote porreiro ;) e como tal…faz sempre bem ao ego….

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Coisas à mostra


Pois bem, hoje resolvi deixar o silêncio de lado e presentear os nossos queridos leitores com meia dúzia de linhas, numa de matar saudades. E escolhi um tema que nos toca a todos e que me faz, por vezes, confusão: pilas. Não, não são as pilas em si que me fazem confusão já que – como gay que sou – facilmente sei lidar com esta fascinante extremidade do corpo humano masculino. Este post serve para reflectir sobre a forma como as vemos – e tratamos.

O ser humano é um ser fascinante. Se não concordam, vamos pensar um pouco nos avanços tecnológicos dos últimos tempos. E pensemos apenas em meia dúzia de coisas:

Depois de se inventar a fotografia, lembramo-nos logo a seguir de inventar a pornografia. Já que dava para guardar imagens no tempo, que fosse de gente nua. Depois, com as imagens em sequência, inventou-se o vídeo. Escusado será dizer: bora lá filmar pessoas a dar trancadas. Décadas depois, internet. Webcams e punhetas partilhadas. Telemóveis? Sexo por telefone. Telefone com câmara?! Vamos lá trocar fotos das pilas...

E dava para elaborar toda uma teoria sofisticada com estes pensamentos, mas estou longe de ser um entendido na matéria. Apenas gostava de deixar aqui uma dúvida: o que leva as pessoas a achar que é com a pila que vão seduzir a outra pessoa?! Faz-me realmente muita confusão receber a foto da pila de alguém desesperado por não conseguir me convencer para tomar café... e quem fala da pila, fala do rabo mas aqui o raciocínio é o mesmo.

Até é daquelas zonas em que o prazer da descoberta é maior. Quando já sabemos como é o produto na totalidade, tendemos a não comprá-lo... até por parecer tão barato que o defeito deve estar algures por ser descoberto. Ou então é de mim... Gentinha, guardem as pilas e se se querem dar a conhecer, aguentem-nas dentro da cueca.




PS: Por menos que me importasse, não conheceço o senhor da foto e esta é meramente ilustrativa.

sábado, 4 de outubro de 2008

Doutores da Treta!!!!!!!!!!


Já há muito tempo que não o faço…sem dúvida que devo umas linhas a este blog…


Epah nem sei bem o que escrever, ou sobre o que escrever…só sei que estou num daqueles dias, (que em jeito de brincadeira dizemos muitas vezes…que aparece uma vez por mês às personagens do sexo feminino…)


Não estou menstruado, mas parece…eu diria mais que estou monstruado…é que aturei hoje cada filho da puta…que fiquei com um humor de cão…se alguém mais se mete comigo hoje, arranco-lhes os olhos…e não estou a falar no sentido figurado da coisa…eu arranco mesmo…


Vivemos num paízinho de merda, repleto de gente mal educada, snob, egoísta, de Srs. Doutores fictícios…ou da treta mesmo, que se fazem valer do dinheiro que têm, (ou não têm, sim porque a maioria deles devem a alma à banca), para pisar os outros…


Só porque estás por detrás de um balcão/recepção julgam-se no direito de chegar, nem boa tarde ou boa noite dizer, e com aquele ar de nojo, dizer o fétido nome em que está a reserva…


Meus caros…nunca pensem, ou diminuam quem vos atende…porque podeis estar em frente a alguma pessoa muito mais instruída que vós…com maior capacidade de articulação de discurso…já para não falar Q.I.


É que este país merdoso, não tem empreguinhos como o que a vossas Excelências tiveram direito, que arranjaram porque tinham cunha, ou porque o obtiveram na horizontal e a fazer bicos. Tendo muita boa gente, de boa formação, ter que ocupar o que resta…como os empregos nos hipermercados…lojas, recepções e afins…


Posso ter um emprego de merda, com um ordenado de merda…mas a maior merda com que me deparo são mesmo as Vossas Excelências…


Aos outros clientes, sim porque nem toda gente é mal-educada e má-formada, e que efectivamente são simpáticos e bem educados…o meu bem haja…são vocês que fazem com que o nosso dia valha a pena, com um simples sorriso e o sempre bem educado “obrigado” que empregam no final…

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Química


Estou certo que todos vós, leitores deste modesto blog, já tinham saudades deste vosso felino. O meu silêncio nada tem a ver com falta de vontade de vos escrever, mas (talvez) ausência de tema com a vida pasmaceira que tenho tido. Contudo, acho que faz sentido voltar a deixar cá qualquer coisa e o tema até foi fácil de encontrar.

Todos nós sabemos do que se trata e é algo bastante irracional. Falo da química que se estabelece entre pessoas que não se conhecem, daquelas trocas de olhares que se prolongam em duração e frequência. Do início do flirt, actividade que tanta pica me dá por depender daquilo que em mim é uma arma: o olhar. Não faço disto passatempo, atenção, mas por vezes acontece. Raramente por mais de 5 minutos, tendo a perder a paciência - até por parecer um engate e não gostar nem um bocadinho desse sentimento. Mas... ultimamente tem sido diferente.

Há já uns valentes meses, começou a trabalhar num dos bares que frequento (Garfield, se revelas qual arranco-te os bigodes, um a um!) um empregado novo, com quem engracei logo na primeira vez em que nos olhámos olhos nos olhos. Os olhares tornaram-se habituais, sempre de forma tímida e disfarçada. É mais do que óbvio que nenhum de nós consegue deixar a timidez de lado. Por outro lado, é sabido que o álcool tem a capacidade de anular essa falta de à-vontade. Este sábado, ele claramente bebeu para lá da conta e mandou a timidez dar uma volta, deixando pela primeira vez claro que o interesse que achava que o olhar dele revelava não era apenas da minha imaginação.

Não aconteceu rigorosamente nada, ainda nem sequer conseguimos abrir a boca para falar um com o outro (tirando o essencial quando é ele que me atende, coisa que evita fazer) - mas o certo é que não consigo que ele me seja indiferente e sempre que ficamos perto um do outro ou nos tocamos (para passar e essas coisas) há qualquer coisa cá dentro que acelera e me faz ficar descontrolado e tímido.

O Garfield chama-me enconado por ser assim, mas a verdade é que nunca me meti com ninguém que não conheça. Timidez, medo da rejeição... o que seja. Mas desta encontrei um rapaz tão fofinho que quebrou a barreira e me faz querer apenas convidá-lo para um café que não seja ele a servir.

Se isto fosse o consultório da revista Maria, acabava este post com um:

- Será que sou normal?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Metamorfoses!


Tudo muda…ou pode ser mutável…


Aqueles que dizem…eu sou assim e nunca vou mudar…


Gabo-lhes a santa ignorância…e crendice…


Quem acha realmente que já prendeu tudo o que tinha que aprender…e que está sempre certo(a)… com certeza vai dar muitas cabeçadinhas na vidinha…


Mas passemos ao título propriamente dito…metamorfoses…daquelas bem palpáveis e visuais…as belas das transformações físicas…


É um caso quase estritamente hetero e deveras generalista…


Quem nunca reparou que o homem, após casar…mais mês, menos mês…acaba sempre por ganhar uns quilinhos a mais…


E perguntam vocês…”E porquê?”


Elementar meu caro Watson…estou aqui para dissipar todas as vossas dúvidas…(até pareço a Maya lol)


Após o casório, deixa-se gradualmente de fazer aquelas tão belas noitadas…em que se for preciso se deixa de comer…para que se tenha dinheiro para as festarolas, bejecas e para aquilo que a noite tão bem oferece…os one night stand…onde se pratica sexo sem vínculos, inibições e em que o objectivo principal é comer o maior número de pachacheus possível…e mostrar aos amigos que são os verdadeiros garanhões lá da rua…


Outro dos motivos será mesmo a monotonia e o enjoo…sim porque eventualmente irão enjoar de comer todos os dias a mesma rata…e lá acabam por afogar as mágoas no belo do frigorifico…e a barrigota não tardará a aparecer…


Mas neste último ponto não vos recrimino…se tivesse que comer todos os dias bordas…também me iria virar para o frigorifico…ainda mais, as mesmas bordas todos os dias lol


Moral da história…se realmente querem continuar belos e esbeltos…não se casem…ou virem gays…ou caso contrário irão mesmo entrar no rácio dos portugas que não andam…mas rebolam lol


Tenho dito…


Ps: Desculpem a imagem horrorosa…mas acho ser um bom exemplo de metamorfose…apesar de ser da Britney lol

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Coisas e coisos…!!!


Hobbes e eu estamos agora no Messenger a protestar da falta de inspiração que nos assola, resultado do marasmo que estamos a viver agora…


Aparentemente, não temos nada de muito importante a relatar…daí este post ter um título tão inócuo…frase que inclusivamente tenho agora como apresentação no meu MSN…


Mas será que não teremos mesmo nada a dizer? Não me parece…


Todos os dias…por uma situação ou outra que me acontece…penso…foda-se vou escrever sobre esta merda no blogue…mas devido há imensidão de problemas que caracteriza os vários turnos que tenho que enfrentar…lá acabo por esquecer os temas…


Agora mesmo, enquanto escrevo…salientando que já são uma e meia da matina, ligam-me do hotel…fazendo perguntas sobre isto e aquilo…caralho…eu já saí às 23.30…


Ontem foi um bom exemplo da merda de turno que muitas vezes tenho…


Tive um parolo de um espanhol que me levou ao limite da minha paciência…a mim e à minha colega de turno…


Mas há gente que não se toca? E que tira o dia para foder a cabeça de quem está a trabalhar?


Acho que pela primeira vez caguei de alto, e fiz mesmo ouvidos de mercador…e ele estava a falar…e eu nada ouvia…


Incomodei-o tanto com a situação, que a determinada altura só bufava e perguntava se eu não percebia espanhol…Qual a minha reacção novamente? Não respondi novamente lol


Resolvi a situação e em espanhol lhe disse que já estava a funcionar e tenha uma boa tarde…


Não satisfeito, a abécula vem de novo à recepção, protestar para agora dizer que não tinha luz no quarto…e volta a gritar que se calhar não percebíamos espanhol…


Mas quem o atendia agora? A minha colega…que só por acaso, mas só por acaso…é venezuelana…e que lhe diz…já roncando e capaz de lhe saltar ao pescoço…percebo perfeitamente…já que é a minha língua mãe…se calhar é o senhor que tem problemas de compreensão…(afinal não sou eu o do mau feitio lol)


E lá fui eu de novo ao quarto…chego introduzo o cartão e pumba…fez-se luz lol


O cabrão diz logo (em espanhol claro) mas o meu cartão não funciona…


Eu já a deitar o bofes…e já em português porque já não estava sequer para me esforçar com o asno digo: “Dê-me cá o seu cartão e vamos ver se funciona ou não”


Lá mo cedeu…e tungas…também deu…e eu muito a meu estilo digo…afinal é só mesmo falta de jeito…estava para dizer burrice…mas isso lá no fundo ele já sabia…


Depois de tanta resposta torta dada pela minha colega e por mim…acabou por desistir…e acho que foi mesmo tocar ao bicho…já que a mulher dele era feia que nem um bode…e com ela nem copulava nem que me pagassem…e cheira-me que ele partilhava do mesmo sentimento que eu lol e desamparou-nos a loja…


Pronto…e assim apenas vos mostro um dos vários exemplos…dos muitos otários que todos os dias tenho que aturar…e que marasmos são utopia na vida daqueles que todos os dias têm que lidar com clientes…


Já agora vos digo…quando virem um funcionário de uma qualquer loja ou estabelecimento que vos atenda de cara fechada…lembrem-se sempre que o cliente anterior pode ter sido um idiota chapado e que lhe pode ter estragado o resto do dia…


Para amenizar a situação…no final digam sempre, obrigado e bom trabalho…vão ver que conseguiram com certeza arrancar-lhe um sorriso…


Se não sorrir, é mesmo um filho da puta e da próxima façam-lhe mesmo a vida negra lol

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Encontros inesperados!!


Meu amigo hobbes no post anterior faz menção à amplitude dimensional deste mundito…


Sem dúvida que é pequeno…muito pequeno…e quer queiramos ou não…acabamos sempre por tropeçar uns nos outros…


Já havia referido que eu e o Hobbes, não nos conhecemos ou melhor conhecíamos pessoalmente…mas quis o destino, mesmo sem que nada tivéssemos combinado…estarmos no mesmo local, à mesma hora…partilhando o mesmo ar nefasto de um qualquer antro pecaminoso…


Ora qual é o meu espanto…quando dou uma vista geral ao pouco pessoal que decidiu ir para a disco denominada, como um “amigo” meu há pouco tempo apelidou, para disfarçar dado que estávamos num sitio publico, aquela cena que gira ao vento…ou seja, vulgo “moinho de vento”, e vejo um rapazote…que penso ser meu camarada bloguístico…


Tive receio de não ser ele…já que, já tinha visto um rapaz lá uma vez, muito parecido com ele…e na altura não meti conversa com ele, porque a incerteza de errar a pessoa…assustava-me um bocado…e ainda bem que não o fiz…já que depois o vi no dia seguinte num café da santa terrinha…mais uma vez…que mundinho pequenino…


Solução? Fácil, agarrar no telemóvel e enviar um sms, com a pergunta: “Por um acaso não estás no moinho?”


A resposta foi afirmativa…e lá houve o primeiro passa bem…entre os dois pais desta obra-prima, que é este fantástico blog…sou mesmo modesto não sou?


A conversa não foi muito longa…quiçá até um pouco estranha…pois no afinal de contas…estavam ali duas pessoas que nunca se tinham visto…sem nada terem combinado, e que já confidenciaram muita coisa um ao outro…


Depois seguiu um para um canto e outro para o outro…aproveitando a companhia dos amigos que os desentocaram para mais uma noite de puro degredo…


A noite acaba…rescaldo muito pouco positivo se verifica…


A disco estava praticamente às moscas…quem estava não era nada de jeito…tanto eu como o Hobbes enfretavamos alguns fantasmas…mas ficou aquele primeiro passa bem inicial…e como pessoas bem-educadas que somos…um final…em jeito de fica bem…e até breve…


Esperamos agora um café…devidamente combinado…sem fantasmas que assombrem a conversa…e de preferência num sítio mais neutro e normal…


Ps: a imagem, não tem nada a ver com nada…mas acho que representa bem o ridículo da situação lol




sábado, 21 de junho de 2008

A Teia



Todos nós já dissemos, uma vez que fosse, “foda-se, este mundo é mesmo pequeno”. No que diz respeito ao “mundo gay”, a pequenez é ainda mais perturbadora e acaba por nos perseguir. É tipo o hi5 e é certo que em dois ou três passos, todos nos conhecemos uns aos outros. Às vezes dizemos esta expressão a sorrir e, de facto, é algo com piada. Contudo, noutras deixa-nos as entranhas às voltas. Ontem, foi uma dessas vezes.

Ultimamente, uma nova companhia juntou-se ao meu núcleo duro de amizades: um amigo de um dos meus melhores amigos. Já o conheço há coisa de mês e muito e até conversamos bastante, mas o tema raramente é o passado. Falamos de política, de valores pessoais, da forma como cada um encara a homossexualidade… conversas sérias, diga-se. E temos pontos de vista quase sempre opostos, com as discussões a serem uma constante. Ontem, antes da derrota de Portugal frente à Alemanha (sim, há gays que gostam de futebol e até combinam ver os jogos todos juntos), descobrimos um grande ponto em comum: um ex-namorado, que nos marcou mesmo muito – ainda que de formas muito diferentes. E pior, ele é o meu antecedente, o verdadeiro “ex do meu ex”. A linha cronológica perfeita. E, desta forma, encaixei muitas peças que teimavam não querer fazer parte do puzzle.

Depois do jogo, de um jantar tardio ao pé do mar e de umas cervejas pela baixa, ficámos no carro, à minha porta, até às 5h e muito da manhã a conversar. No meu caso, a relação não teve um fim, por isso sempre foi um pouco complicado aceitar as coisas. Por não as ter percebido e pela falta de um ponto final. Por temer não fazer ideia de quem era a outra pessoa no final da relação, por muitas dúvidas e perguntas por responder. Eu e ele não ficamos amigos, não conseguimos. O mesmo não se aplica ao outro rapaz. A amizade vinha de trás e a relação aconteceu apenas durante um período de afastamento do ex-namorado, para o qual voltou. Depois disso, as coisas mantiveram-se e eu apareci na vida do meu ex-namorado. Desta forma, ontem duas pessoas perceberam que já se conheciam há mais de dois anos e de recentes conhecidos, passamos a ter algo que nos une – e já ouvimos mesmo muito um do outro.

Não foi uma conversa emocionada, foi tão racional como longa. Perceber que há sempre uma causa para uma consequência, que as coisas não acontecem por acaso. Que os traumas não aparecem do nada e o conceito de “má pessoa” muitas vezes vem de uma ferida que teimamos esconder. Que o “putedo” muitas vezes aparece pela falta de auto-estima e inseguranças pessoais. Que a solidão nos vira do avesso e nos transforma nos nossos piores fantasmas. Que insistimos em nos auto-destruir por termos tanta pressa de viver e experimentar. Que ao magoarmos uma pessoa, isso muitas vezes vai fazer com que se vingue noutra. A clássica bola de neve imparável.

Depois de um longo banho, ontem deitei-me de luto. Parte de mim, finalmente, morreu de vez. As respostas às minhas perguntas, essas, apareceram da forma que menos esperava. Cada vez mais acredito que nada (mas mesmo nada) nos acontece por acaso. E que as pessoas que se vão atravessando no nosso caminho muitas vezes têm algo muito importante para nos dizer – basta usar a paciência e saber esperar que esse momento chegue, para perceber o quê. É estar atento…

terça-feira, 17 de junho de 2008

Petróleo!


Este post será um desafio para os…poderemos dizer, criadores do blog, já que escritores não somos…utilizemos então a palavra criadores…


Hoje deu-nos na cabeça…na de cima e não na de baixo…de escrevermos um post a meias…nem sequer temos tema…mas olha, eu que o início (garfield) deu-me para escrever petróleo…vai-se lá saber porquê…


Para perceberem as dinâmicas…eu escrevo um paragrafo e depois é a vez do Hobbes…vamos lá ver que rica merda vai sair daqui…mas como escritores que não somos…podemos dar-nos ao luxo de escrevermos o que nos der na real veneta… (passo a bola a ti hobbes)


E pronto, depois de mandar o único contacto no MSN que teimava não desamparar a loja (de modo a que eu pudesse escrever este texto) ir bater uma, aqui começo eu este desafio. Petróleo… Bela encomenda me havia de sair. Quando penso na palavra, penso logo noutra a seguir e inevitável: a crise energética. E com isto, chego à dependência – neste caso, a nossa dependência face ao combustível. Parece que de um dia para o outro percebemos que a ficção científica nos pode bater à porta. E este é um tema sério, que merece ser abordado por mentes mais capazes do que a minha à 1h da manhã. Já noutras alturas do dia, sabe deus… Queria “te passar a bola” com uma deixa jeitosa, mas a imaginação não está a colaborar. Por isso, desenrasca-te!


Bater à porta? E Bater à punheta? Foda-se andas a pensar demasiado em bater lol e se passasses aos efectivamentes? Lol olha eu para ver este ficheiro, nos documentos recebidos depois de escreveres o parágrafo que te compete e mo devolveres, o que vejo eu?


Vejo uma foto de uma pila…reflexos da utilização do pervertido, ex colega de casa, que só pensava em foda…nem por querer lol


Mas voltemos ao petróleo… Começo a ficar farto de ouvir falar nesta merda do petróleo e da crise e que tudo está difícil e afins…e olha que o petróleo até me tem trazido momentos agradáveis…leiam lá o ultimo post lol


Mas se está assim tão mal…porque não deixam de ser cuzões e andam a pé? Ou de bicicleta? Assim ao menos, para além de fazer exercício físico e de abater esta e aquela gordurinha, já não vão a fazer aquela figura de urso, que nos portugas tão bem encaixa, de ir no carro, com a música aos gritos e a cantar como se fossem estrelas…sempre acompanhados do belo tirar do macaco, enquanto desempenham tão brilhante performance lol (és tu outra vez Hobbes)


Enquanto uns pensam, os outros praticam… E com este pensamento arrumo o assunto das punhetas, já farto delas ando eu. Quanto ao ex-colega e às pilas (e respectivas quecas) que coleccionava, mais vale mesmo deixar atrás das costas (o tema, não o dito cujo por mais comestível que eventualmente possa ser).


Concordo contigo em relação ao comodismo dos portugueses. Muita gente iria de casa ao café de carro, estacionando ao balcão apenas para o tomar. Mas o carro dá jeito. Para andar na rua a assobiar “às gajas boas”, para ir até à beira-mar ao domingo à tarde com “a patroa”, enquanto ela faz o seu crochet e ele ouve o relato da bola. Para a nossa geração, o carro são as quatro paredes de um carro e a suspensão é o que mais se assemelha a molas de colchões. E nisto, voltei ao tema “foda”. Será que os homens não pensam mesmo em mais nada?


Hobbes não te queixes…pois caso não te lembres…o petróleo e os carros deram-te uma prenda inesquecível…uma bela colecção de chatos lol e olha aqui o “je” a bombar num carro junto à Praínha…fodendo como se não houvesse amanhã…


E logo eu…que detesto dar fodas no carro…puta que pariu…quando vais a ver, quase tens a alavanca das velocidades metida no cú…porque estás demasiado escarrapachado, tentado usufruir de tudo aquilo que achas que tens direito…e mesmo ao que achas que não tens…


Mas para tornar a coisa mais interessante…pode sempre acontecer-te o que já me aconteceu a mim…estou eu e o meu ex…dando a bela da foda na mata…e já estás completamente descascado…os priliminares completamente ultrapassados…e tens um mirone ao ladinho a ver toda a tua performance lol


Mas esqueçamos a foda…o tema é o petróleo… ou Pitroil como os tão instruídos portugueses que vão falar para o Telejornal dizem…


Quem não curte ver o Zé Povinho…com trezentos dos seus semelhantes, com o telemóvel em punho, ligando para os familiares, avisando para ir correr ligar a televisão (tilivisão para eles), porque eles vão aparecer lá trás a coçar os tomates…enfim


E lá está o da frente…com os bigodes ainda cheio de “binho” dizendo: Foda-se a merda dos políticos…Não fazem nada para que o preço do pitroil baixe…Como vou eu dar de comer às minhas cabras (entenda-se que aqui são mesmo cabras, o senhor não é chulo tá?) Com esta merda de aumentos até a merda das rações estão mais caras…Continuem assim seus bois de merda, que daqui a nada serão vocês que estarão a comer merda amassada com açúcar que é doce… (Nesta altura já pus os tampões nos ouviditos dos meus sobrinhos, porque a conversa televisiva, está a ser muito hard core e não quero que os meus meninos tenham uma boca de lavagem…) (you again Hobbes)


Afinal não passo a bola ao Hobbes…ele hoje não está mesmo com cabeça…e a mãe esteve mesmo agora a chagar-lhe o juízo…e aqui fica um primeiro ensaio…prometemos uma outra tentativa ainda mais alienada e sem nexo…


Post by Garfield and Hobbes

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Pela boca morre o peixe!!


Antes de mais, acho que devo pedir desculpa pela minha ausência…


As ultimas semanas não foram muito fáceis, por isso andei afastado de tudo e de todos…daria com certeza material para um post tudo aquilo que me aconteceu…mas como não gosto de me queixar, vou tentar não dar importância a pormenores, sim porque quando é merda (mesmo que a merda sejam pessoas), para mim são apenas pormenores…Olho, se o cheiro for muito intenso, cheiro (que remédio tenho eu…o cheiro está ali lol) e depois desvio-me e prossigo a marcha…


Meu caro Hobbes…nem te passa pela cabeça…opah tanto critiquei uma ou outra situação…que acabei por fazer o mesmo…bem diz a sabedoria popular…”Pela boca morre o peixe”…


Lembras-te de te ter contado, que na semana passada tive um encontro de terceiro grau com um rapazola todo jeitoso?


Para que não fiquem a nadar, na semana passada vai aqui o “je” todo airoso e pimpão por combustível às bombas de sempre, depois do trabalho.


A rotina é tal, que o empregado, Miguel de seu nome, já sabe a quantia que vou abastecer e logo no balcão põe um maço de John Player Special preto.


Mas cheguei e ele não estava. Estava de férias e em seu lugar estava um miúdo. Muito ao meu estilo, meti conversa com ele, e acabo por dizer uma ou outra bacurada… Sai uma gargalhada, as pessoas que também estão na bomba, também se riem e acabo, depois de ter abastecido, por estar a fumar um cigarro com o rapazola.


As bacuradas continuam, e lá estou eu, o rapazola e outro rapaz a fumar cá fora. E lá acaba o outro rapaz por se meter também na conversa.


Clientes chegam e o rapazola tem que ir de novo para dentro da estação e quem fica cá fora? Eu e o outro menino, que de feio não tem nada…Mas…Lá me acaba por sair um: “Conheço-te de qualquer lado…” ao qual ele prontamente me responde: “Costumas ir ao moinho de vento?” Ok…se tinha alguma dúvida, morreu logo ali lol…


A conversa foi agradável, e acabei por fazer uma coisa que nunca faço, ceder o meu número de telemóvel…opah o rapaz é um pão…. E eu não sou de ferro né?? Lol


Muito poucas sms foram trocadas, mas o que é certo, é que no dia seguinte estava na porta do meu trabalho à minha espera…Conversa….volta de carro…um e outro cigarro…um estacionar junto à praia…o resto do filme vocês já lá chegam sozinhos lol


E lá estava eu…fazendo aquilo que critico…sexo por sexo…mas não me arrependo nada, porque foi efectivamente bom…ele é bom…e olha caguei para a cena lol


Foi trocada mais uma e outra sms, mas sou sincero, não esperava voltar a vê-lo…


Contudo, ontem depois do trabalho, decidi ir comprar cigarros às bombas e estava a entrar no carro e pensei e se lá estivesse o… (desculpem mas nomes não digo lol), e lá vou eu para as bombas.


Estava a chegar, e ele também…desatei a rir, ele sorriu também, não percebendo muito bem porque gargalhava eu…mas depois de explicar entendeu a situação… E pronto…mais uns dedos de conversas, mais uma volta…e não vou mentir…olha pimba outra vez lol


Será que arranjei um fuck friend? Ou será que estou a ser demasiado oferecido lol


Uma coisa vos digo…de momento não devo nada a ninguém porque estou sozinho, e irei aproveitar apenas esta queca esporádica, porque não sei se já mencionei….ELE É MESMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO BOMMMMMMMMMMMMMMM LOL

Reaparecimentos



Nunca gostei de surpresas, boas ou más. Talvez goste demasiado de controlar todos os aspectos da minha vida para aceitar algo inesperado a bater à porta. Seja como for, não gosto. No final da tarde de hoje, recebi uma chamada (de número privado) e acabei por levar um choque quando a voz do outro lado me responde com um “olá” ao meu “estou?”. Ainda que ninguém estivesse à porta, era o passado que nela batia. Um dos meu ex’s (ainda que não tenha sido namorado, mas na prática foi como se fosse) ligava-me, uns 8 meses depois.

Andámos durante o Outono. A relação até corria bem, ainda que fosse o lado sexual a segurar todos os outros aspectos (o frio era o pretexto para nos enfiarmos sempre na cama). Eu já andava farto de tudo aquilo, a personalidade introvertida e pouco comunicativa dele não ajudava em nada a superar o vazio em que a relação se tinha tornado. Nem para a frente nem para trás, esse movimento só acontecia na cama e sem sairmos do sítio. Numa das noites, com a cabeça no meu peito, saiu-se com o clássico:

- Sabes, acho que temos de conversar…

Rapidamente percebi que estávamos em sintonia e resolvemos “ficar amigos” (uma ova, isto nunca acontece). Durante uma semana, mantivemo-nos em contacto, na habitual conversa da treta. Só não falávamos do tempo. Até que, passado pouco mais de uma semana, sou confrontado com um:

- Voltei para o meu ex, graças a ti percebi que ainda o amava.

Pensei “olha, ainda bem que foi preciso a minha pila estimular-te o cérebro para perceberes isso”, mas de facto não me senti usado nem fiquei magoado. Por ele, pouco mais além de atracção física sentia – e isso desaparece com a mesma facilidade que aparece. Dado que foi um episódio de fraco impacto, rapidamente ficou na sua gaveta e não voltei a pensar muito nele. Ainda para mais, passadas umas semanas também eu conheci alguém com quem as coisas começaram a correr francamente bem (ainda que depressa dessem para o torto). Por tudo isto, a chamada apanhou-me desprevenido.

Sem grandes dúvidas, percebi que devia estar meio zangado com o namorado (os gajos são todos iguais) e que se a conversa continuasse, iria ser o ombro dele. Se tivesse feito uma aposta com os meus botões, neste momento estava desabotoado. E, também, rapidamente as insinuações mostraram que o que queria não era apenas o ombro e que a hipótese de um colinho lhe parecia muito melhor. O “não queres vir dormir cá a casa hoje?” surgiu passado uns 10 minutos de conversa. O anjo que vive dentro de mim sugeriu o “tu namoras”, mas não foi essa a resposta que dei.

- Está muito calor.

Do outro lado, recebi um “tens de encontrar alguém, não podes continuar sozinho”. Desliguei a chamada, depois de um seguro:

- Olha, vai à merda.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

apetites



Todos nós temos pensamentos que – mais cedo ou mais tarde (e tendem para o mais cedo) – nos levam ao arrependimento. São os chamados “vaipes” e cada um de nós acaba por os ter numa escala diferente. Os meus já foram bem mais frequentes e comecei a treiná-los de há uns tempos para cá. Agora, são tipo a menstruação: uns dias por mês e pouca gente nos atura nessa fase. No rescaldo do problema dos chatos (ainda que de forma subconsciente) e por imensas paranóias e dúvidas acumuladas, tirei a tarde de 2ª feira para me enfiar dentro da casa de banho.

Foram mais de duras horas, uma valente dor de costas e uma sensação de leveza extraordinária no final. Se algum de vós está com ideias de origem escatológica, bem que as pode esquecer. Resolvi deixar o meu corpo visível e tratei de tirar toda a cobertura. Sim, rapadinho. Do pescoço para baixo, não existe mais nada preto (e sim, agora sei que exagerei na opção “vamos tirar TUDO”). Até aqui, nada de extraordinário. O problema foi chegar à conclusão que isto foi uma decisão muito, muito errada. Ficar com um corpo de pré-adolescente não é daquelas coisas que me faça sentir muito atraente. E agora quando me vejo ao espelho, só vejo uma coisa: a pila. Nunca pensei que se destacasse tanto! Gente gulosa, não fiquem com água na boca. Ou fiquem, mas é a única coisa que irão ter na boca…

Ora bem, além deste factor (e de começar a pensar que isto daqui a uns dias vai picar mais do que um cacto e será mesmo por TODO o corpo), há o problema do calor. Ao contrário da maioria dos homens, tira-me todo o apetite sexual. Mesmo que veja um rabinho apontado para mim na rua, olho e penso “está bem” ao contrário do habitual conteúdo porno/brejeiro que me passa pela cabeça noutras alturas do ano (claro que é proporcional à qualidade do material à vista). E hoje, numa das conversas via MSN que já me tira a paciência (mas que, por educação, vou mantendo sem que lhe espete um block), reagi com uma sonora gargalhada ao:

- Queres o meu rabo?

Em abono da verdade, diga-se que (virtualmente pelo menos) nem é mau de todo, mas todas as actividade sexuais neste momento são para mim cómicas. O sexo por si nunca me fascinou, mas como homem que sou (e falsos moralismos de parte), nem sempre se fica indiferente a uma proposta – o que não tem necessariamente de levar a aceitá-la, claro está. Nada disto me assustava se não estivesse há uma semana sem trabalhos manuais. Ainda por cima sendo eu um adepto da religião “uma por dia, dá saúde e alegria”. E como até sou um gajo divertido, raramente me ficava por uma. Pois bem, voltando ao tema: perdi o meu apetite sexual. Pode estar apenas de férias (ou afectado pela greve dos camionistas e com falta de combustível), mas pode se ter perdido algures por aí. Se o virem, digam-lhe que me faz falta e que seria agradável se ele aparecesse. Não seria para comer o rabo do outro, apenas para me sentir um pouco mais normal neste corpo depilado.

Muito agradecido.

domingo, 25 de maio de 2008

Azares…


A noite anterior já tinha sido bem longa, porque estás a trabalhar enterrado, no que na gíria denominados de lodo…que representa o elevado volume de trabalho com o qual te estás a debater…e que vai culminar em horas extras…e na consequente perda do último comboio para casa (o da meia noite e dois minutos), tendo que esperar pelo próximo… seis e quarenta e sete minutos da matina…mas lá por volta das sete cheguei a casa…


Escusado será dizer, que mal cheguei a casa, aterrei na cama e morri para a vida durante umas boas horas…


Já perto das cinco o “feio adormecido” acorda, porque tinha um jantar com um amigo e consequente saída para a night…


Amigo chega e decidemos ir para Aveiro…chegados à cidade após algumas ideias trocadas, é escolhido como tipologia culinária, cozinha italiana e lá se vai jantar ao La Mamaroma…


Sem dúvida que o restaurante que costumo sugerir a clientes é realmente bom, e a comida divinal continua a acompanhar a conversa que há muito tentávamos por em dia…


Jantar acabado, salta a frase “siga a rusga pa night”… e como o meu amigo ainda não foi ao antro de Mira…metemos as rodas a caminho para eu lhe apresentar o spot gay da zona centro…


Aqui as coisas começam outra vez a correr mal… fazemos um cagalhão de quilómetros, e chegamos lá e a puta da disco tem um letreiro enorme a dizer: “Vende-se”.


Olhamos um para o outro…bem vamos ao menos tentar tomar um copo? Pergunta-me ele… e claro, foi a minha resposta…e decido então leva-lo ao Opção Bar na Barra…que nos obrigava a voltar para trás…


E que acontece? Já eram duas da manhã e já estava fechado…e eu com cara de cu a olhar para o meu amigo…


Nada mais havia a fazer que voltar para Ovar…


No caminho, não tendo vontade de vir para casa…vai-se lá saber porquê…digo ao meu amigo…não, não quero ir para casa sem irmos tomar um copo…segue em frente e vamos para o Porto, que depois venho para baixo de comboio…


Acertamos em cheio na noite…mais parecia a noite do azeiteiro…mas lá nos tivemos que aguentar até ao final da noite, pois só teria comboio depois das seis da manhã…


Lá saímos da noite chungosa e meu amigo deixa-me na estação de S.Bento e só no comboio…já depois de ter atirado para o chão um folaninho e lhe ter dado um pontapé no estômago, porque me tinha saltado para as costas na brincadeirinha…mas que lhe saiu cara…é que caiu a ficha… Foda-se, não tenho o carro na estação, e como vou agora de Ovar para o Furadouro??


Que se foda, vou de táxi…


Sete e quarenta e cinco, chego a Ovar…e dirijo-me ao local do táxis e o que encontro eu?? O estacionamento dos táxis…sim porque táxis nem vê-los…


Dou umas voltas a ver se algum aparece, e depois de uma hora passada nenhum aparecer e já ter verificado que também não haveria autocarros…decido por os pés ao caminho e fazer o trajecto a pé…


Mais um cagalhão de quilómetros…mas agora para fazer a calcantes, mas encaro o caminho, depois de ter passado toda a noite a dançar…apenas, como mais um desafio à minha tão robusta condição física…


E lá vou eu, sendo ultrapassado consecutivamente por pessoas da terceira idade que estão habituadas a estas coisas do exercício físico…eu estava a implementar tão afoita passada, que um engraçadinho que seguia num grupinho de ciclistas me manda a piadinha, em alto e bom som: “acelera o passo”, ao qual eu respondo…acho eu…devido ao meu mau humor…”é já seguir oh palhaço”


Cansado de ser ultrapassado por sexagenários, decido encurtar caminho pela mata…só apenas mais um erro…


Lá vai o totó pela mata e de repente ouve um barulhão parecendo uma manada de gnus a aproximar-se…era uma cambada de corredores que decidiram também eles aproveitar a mata para por em prática os seus hábitos saudáveis…e que já me começavam a irritar…mas depressa, mais uma vez sou ultrapassado e continuo a jornada pelo meio da mata…


O intuito do percurso da mata, era um, e apenas um…encurtar o caminho…


Seria muito fácil…seguiria para nordeste e iria apanhar a estrada novamente já quase junto ao Furadouro…o problema é que quando nasci, o ponteiro da bússola vinha encravado…resultando numa total ausência de sentido de orientação…em que muitas vezes, em tom de brincadeira, digo aos meus amigos, que quando deus andava a distribuir o sentido de orientação…eu estava na casa de banho a cagar…


Mas esqueci-me de um pequeno pormenor…essa estrada é frequentada por putas, sim putas no sentido lato da palavra…e quando estou quase a chegar à estrada, ouço uns barulhos estranhos vindos de um arvoredo… era uma puta a levar na crica…sim porque ao contrário dos táxistas, que aos domingos ficam com o piçalho quentinho na caminha, estas madrugam, para por cobro ao tesão do mijo dos Ovarenses…


Para não me cruzar com o quadro pitoresco, decido então continuar pela mata adentro…


Uma hora e meia depois constato a minha realidade…


Dói-me as virilhas, os músculos das pernas, os pés e…estou perdido no meio de nenhures…


Mudo então a direcção para oeste…foda-se mais cedo ou mais tarde a estrada haveria de aparecer…e passado quase meia hora começo a ouvir carros…e seguindo o som lá acabo por alcançar a estrada…deparando-me com mais um triste cenário…reconheço o troço da via…e já teria passado o Furadouro há muito…estando no mínimo três a quatro quilómetros a norte…


Para não me perder novamente, decido fazer a jornada para sul, mas sempre junto à estrada…para que não haja mais nenhum percalço…


Quando começo a visualizar o Furadouro, começo a sentir tonturas e náuseas…com certeza reflexo de fraqueza das muitas horas que já levava acordado, das muitas horas em que não comia e do desespero de terminar uma caminhada que parecia não ter fim…


Chego a casa (finalmente às 11.20)…meto a chave na porta e vejo o meu colega de casa a saltar da cama, como se esta tivesse pulgas…


Fica com aquela cara de parvo e ensonado e pergunta…como se fosse cedo…já chegas-te? E fica a fazer sala e a meter conversa comigo…e depois sai-lhe um…pensei que já não viesses…e depressa percebo o que isso quer dizer…


Não está sozinho…e estou morto e nem posso dormir…


Azarado? Não é da vista… ah e isto não é um filme…é apenas o filme da minha vida…


Meu caro Hobbes…preferia ter apanhado chatos…

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ensinas-me?



É certo e sabido que as nossas primeiras paixonetas surgem sempre pelos nossos professores. Mais cedo ou mais tarde, se olharem bem para trás, vão perceber que sentiram assim uma coisa meio esquisita por um professor qualquer. Dado que tive duas “fases”, as coisas complicam um bocado.

Ao 7º ano, foi a professora de Geografia. Trintona, super tia e divorciada. Lembro-me da forma como se julgava pentear a meio das aulas: pegava num dos lados do cabelo e atirava-o para cima do outro, ficando completamente despenteada e dando gargalhadas completamente alucinadas quando se apercebia do que fazia. Das botas altas com que se passeava pela sala, do traseiro empinado quando vinha tirar as dúvidas. A mulher fazia-me suspirar apenas por a cheirar…

Mas nada se compara ao professor de Educação Física do Secundário. 11º e 12º. Lembro-me como se fosse hoje (adoro esta expressão) do primeiro dia de aulas. Sentado no pavilhão, naqueles bancos longos de madeira desconfortáveis enquanto esperava que o novo professor entrasse. E ele, de facto, entrou. Trintão, moreno e não excessivamente musculado. Foi das primeiras vezes na vida em que suspeitei que olhava para os rapazes de forma diferente.

Nunca gostei tanto de correr durante meia hora, a ponto de ver o pulmão direito sair-me pelo nariz enquanto tossia o fígado. Ou até mesmo de jogar rugby e deslocar a omoplata sempre que um dos matulões do ano seguinte resolvia fazer uma “placagem”. Sabia que no fim ele passava a mão na minha cabeça e dizia com aquela voz sexy:

- Estiveste muito bem!

No 11º eram só as dúvidas, ainda que começasse a estranhar a atracção que sentia. No início do 12º, depois de ter a minha primeira experiência com um rapaz nesse Verão, já tinha certezas e procurava o contacto físico o mais que conseguia. Chamem-me vaca à vontade, com 17 anos as hormonas não estão aos saltos: vivem numa rave constante. E o contacto ia acontecendo, ainda que quase sempre exagerado na minha cabeça. Servia para recordar em momentos em que sozinho percorria o corpo, imaginando que aquelas mãos o tocavam – terminando o acto nas célebres punhetas da adolescência (ainda que, já com esta idade, as coisas não tenham mudado assim muito).

Tinha o mesmo nome que o único rapaz que amei na vida, a sina já estava traçada desde cedo. No outro dia vi-o, com mulher e filha num dos hipermercados cá da terra, e lembrei-me desta fase quando ele me perguntou:


- Então, ainda te lembras de mim?

O que mais me passou pela cabeça foi mesmo “não, TU ainda te lembras de mim? E reconheces-me?”. Mas não foi isso que lhe disse.

- Claro que sim, foi dos meus professores preferidos.

Tive a lata de lhe piscar o olho depois do aperto de mão, acto correspondido e aliado ao “gostei de te ver”. Deve andar já perto dos 40, mas ainda assim levava uma afiambradela descomunal. O homem foi a primeira prova de que me sinto atraído por pessoas mais maduras, de preferência trintões com “aquele ar”. Ainda que seja mais platónico e enquanto flirt esporádico do que um acto praticado…

Ruídos…


Todos nós temos alguém sempre disposto a foder-nos a cabeça…


Porque tu és assim, por és assado…sempre pronto a apontar-te os defeitos que tens e não tens…


A última pessoa que me apontou defeitos foi bastante singela…apenas disse que eu era: egoísta, egocêntrico, narcisista e desequilibrado mental…


Descobri que afinal de contas sou um poço de virtudes lol


Mas ouve lá e se te calasses??


Foda-se a tua voz já me irrita…mexes um musculo e irritas-me….respiras e irritas-me…


Estou farto de ouvir o teu permanente lamentar e rabujar…


Se chove…puta que pariu, a chuva que nunca mais passa…se faz sol…está demasiado calor e vais ficar com rugas…se cagas tens que limpar o cu…se não cagas estás com prisão de ventre…


Consegues tirar qualquer santo do sério…e este santo já esgotou a paciência dele…não estou mais para te aturar…


Há uma musica que agora passa bués na rádio, que eu detesto…mas sempre que a ouço…não há hipótese…lembro-me de ti…


Por isso nada melhor que ta dedicar neste post…aqui vai…


Porque tu falas de mais,

e já me cansas...

(Yeah) É muito Blá Blá Blá pós meus ouvidos

Por isso cala-te , cala-te e cala-te! (Yeah)


Ok.. ya ya shhh..


(Yeah) Eu sou confusa

E muita gente me acusa , mas escusa

De falar de mim, abuso mas abusa

Pois sei que abuso,e recusa, pois custa

Admitir que a Bete abusa..


Sabes que'u tenho rima,

matematicamente, inteligentemente (Hahaha Haha)

Num acho surpreendente (han),

Tou-te a atrofiar (han) shhh

Para quê tanta garganta..


Porque eu falo, fala e não se cala

Só sabe criticar, inventar e criticar,

Já me cansa..Tanta gente a'banar'a pança

Se o people não curte, então porque dança? ( han)


Isto é muito atrofiado,

para perceber, mas aqui fica o recado..

Ooh e para a gente que falou

Hahaha tomem lá o meu flow


Cala a boca, tens mentalidade pouca,

dicas de cabeça oca, inveja e tanto

blá blá blá, blá blá blá


Questão: Porque há tanto mc parecido...

sem criatividade mais parecem um zumbido

(Bzzzzzz) já me cansam o ouvido

Se encontrar um mata-moscas

garanto estarão perdidos..


Pois o'que fazem melhor, Hip Hop Tuga é assim

Só sabem falar nas costas, fala á frente mc

Faz melhor, tou-me a cagar para o que dizes

é so falar, falar , tou a espera que concretizes..


Tens isto e aquilo, conheces este e outro

aquele outro e o outro yooo

Gravas num melhor estúdio, tens melhores beats

Parabéns sê feliz, mas chavale não te estiques..


Pois Dama Bete isto, Dama Bete aquilo, Dama Bete eeee

A pita não tem estilo,

Pois criticas e criticas e no final oquê?

Dama Bete, participas no meu (.?.)


Cala a boca, tens mentalidade pouca,

dicas de cabeça oca, inveja e tanto

blá blá blá, blá blá blá


Dama Bete - Cala-te”


terça-feira, 20 de maio de 2008

depois da keka mágica, a keka realmente chata


O meu colega de blog já tinha relatado a minha experiência na semana passada, num texto adequadamente chamado “enterra-ma”. Pois bem, não era suposto ser esta a minha estreia neste blog, mas por contingências da vida eu não escolhi o tema – o tema escolheu-me a mim.


Como se ainda não tivesse suficientemente arrependido do que (não) se passou, na noite passada tive sérios problemas em dormir. Consciência pesada?, perguntam vocês. Não, de todo. Comichão, muita, muita comichão. Mesmo. Contudo, não somei 2+2 e tentei aproveitar o pouco que consegui dormir. De manhã, durante o banho, reparei numa criatura estranha que me habitava o Benelux (os países baixos, entenda-se). Rapidamente, comecei a pensar “não, isto não pode ser aquilo q tu achas que é!”. Fui à gaveta e saquei da pinça e resolvi arrancar o pelo onde firmemente a coisinha branca estava agarrada e aproximei-o dos olhos.

- Será que esta merda é um chato?!

Nunca tinha visto nenhum na vida e achava que era daquelas coisas que nunca me iriam acontecer. Rapidamente, tratei de analisar as vizinhanças e reparei que os meus tomates pareciam dálmatas: tinham pintas em todo o lado, neste caso vermelhas. Cocei a cabeça, não por comichão mas para tentar perceber como raio tinha isto acontecido. E o “enterra-ma” chegou num ápice às ideias, só podia ter sido isso. Num exame mais demorado, percebi que o problema era mais grave do que parecia. Descobri intrusos desde a zona do umbigo até um pouco abaixo dos joelhos… Criaturas brancas, com patas praticamente transparentes e aquilo que penso serem dois olhos, pretos. Se a natureza fosse um pouco mais sensata, tê-los-ia feito em tamanho familiar. Mas não. É preciso uma lupa para os ver… O nojo começou a ganhar terreno à curiosidade e, não fosse estar atrasado para uma reunião, tinha ido de pila na mão à farmácia mais próxima. Assim, resolvi vestir-me, rezar dois pai-nosso, três avé-maria e esperar que as criaturas não tomassem conta de todo o meu corpo até à hora de almoço.

Acabada a reunião, reparei que tinha saído sem dinheiro e queria resolver o problema o mais rapidamente possível – a comichão chegava a ser mais dor do que outra coisa - e não é bonito andar a coçar violentamente os tomates em público! Calculei os riscos e resolvi que era o passo que tinha de dar. Olhei para o telemóvel de lado e enchi o peito de ar.

- Estou, mãe? Olha, preciso que me passes na farmácia com alguma urgência. Acho que tenho chatos…

Um longo silêncio deixou-me gelado, sabia que o primeiro pensamento que a minha mãe iria ter era algo muito próximo de “o meu filho foi às putas”. Com uma voz a soar a castigo e desconfiança, prometeu que tratava disso. E lá fui eu para casa, rumo a um almoço constrangedor. O meu pai abriu uma única vez a boca:

- Como é que apanhaste isso?
- Oh, não faço ideia…

Não consegui dizer muito mais, ainda que soubesse perfeitamente a origem do problema. Quanto à solução, apareceu na forma líquida, com o nome “Stop Piolhos” (com um cheiro agradável, como a embalagem prometia). 30 minutos bem coberto com aquilo, depois passar um pente (de aço ou lá o que era aquilo) por todo o pelo do meu corpo, de forma a eliminar todas as coisas que ainda ficaram por lá (e tentem imaginar o que é passar um pente de aço pela zona púbica, que não prima pelo carácter liso…). Acho que descobri a forma de tortura mais engraçada para aplicar aos inimigos. Vá lá que o matagal anda sempre aparadinho, se desse para fazer tranças já teria ido à lua.

Depois de ganir quanto baste, e ainda na banheira, resolvi ligar a água à máxima temperatura que aguentei – já pondo como hipótese livrar-me de todos os pelos do corpo. Até ver, parece que as criaturas foram embora de vez.


Moral da história:
Meus meninos, tenham a decência de ter os mínimos cuidados essenciais. Isto é uma chatice do caraças. Passe-se a redundância. E já agora, um pouco de cultura: o nome técnico é pediculose pubiana. Seja, o que conta reter é: tenham cuidado!!

Quanto a ti, se te apanho na rua enterro-ta mesmo. Uma chapada nessa cara!

A apresentação!


Mais um…
Já existem um cagalhão de blog’s e aqui está mais um para vos atormentar a vossa vida…


Não será um blog muito tradicional…


Primeiro, porque será escrito por dois amigos, que efectivamente não o são…ou seja, são amigos virtuais já há algum tempo…e sim existe intimidade, mas falta o conhecimento físico da coisa…mas que, esperamos realizar dentro em breve…


Segundo, por é escrito por duas pessoas muito diferentes, com percursos muito diferentes, faixas etárias diferentes…mas com duas coisas em comum, o facto de serem gays (resolvidos), e com gosto pela escrita…embora se expressem de maneira muito diferente…mas isso depressa irão constatar…


Fiquei encarregado de fazer o texto de apresentação…sendo o meu nick Garfield, e o do meu amigo Hobbes…


Dois felinos de realidade animada…mas que aqui não terão muito a ver com as características que normalmente são atribuídas a estas personagens de cartoon…


Aliás, se esperam um Garfield pachorrento, que só come lasanhas e que só quer dormir…enganam-se redondamente…


Este Garfield será agressivo Q.B., utilizando muitas vezes uma linguagem pouco ortodoxa…mas depressa se vão habituar…


O Hobbes…muito a seu estilo, será mais ponderado…mas também ele, com uma escrita suficientemente acutilante para vos deixar a pensar…


Não iremos por paninhos quentes…falaremos daquilo que nos apetece, quando nos apetece e como nos apetece…e se não gostam…deixem na berinha do prato e não leiam…


Chega então de merdas de apresentações e que comecem as hostilidades “letrais”…