
Estou certo que todos vós, leitores deste modesto blog, já tinham saudades deste vosso felino. O meu silêncio nada tem a ver com falta de vontade de vos escrever, mas (talvez) ausência de tema com a vida pasmaceira que tenho tido. Contudo, acho que faz sentido voltar a deixar cá qualquer coisa e o tema até foi fácil de encontrar.
Todos nós sabemos do que se trata e é algo bastante irracional. Falo da química que se estabelece entre pessoas que não se conhecem, daquelas trocas de olhares que se prolongam em duração e frequência. Do início do flirt, actividade que tanta pica me dá por depender daquilo que em mim é uma arma: o olhar. Não faço disto passatempo, atenção, mas por vezes acontece. Raramente por mais de 5 minutos, tendo a perder a paciência - até por parecer um engate e não gostar nem um bocadinho desse sentimento. Mas... ultimamente tem sido diferente.
Há já uns valentes meses, começou a trabalhar num dos bares que frequento (Garfield, se revelas qual arranco-te os bigodes, um a um!) um empregado novo, com quem engracei logo na primeira vez em que nos olhámos olhos nos olhos. Os olhares tornaram-se habituais, sempre de forma tímida e disfarçada. É mais do que óbvio que nenhum de nós consegue deixar a timidez de lado. Por outro lado, é sabido que o álcool tem a capacidade de anular essa falta de à-vontade. Este sábado, ele claramente bebeu para lá da conta e mandou a timidez dar uma volta, deixando pela primeira vez claro que o interesse que achava que o olhar dele revelava não era apenas da minha imaginação.
Não aconteceu rigorosamente nada, ainda nem sequer conseguimos abrir a boca para falar um com o outro (tirando o essencial quando é ele que me atende, coisa que evita fazer) - mas o certo é que não consigo que ele me seja indiferente e sempre que ficamos perto um do outro ou nos tocamos (para passar e essas coisas) há qualquer coisa cá dentro que acelera e me faz ficar descontrolado e tímido.
O Garfield chama-me enconado por ser assim, mas a verdade é que nunca me meti com ninguém que não conheça. Timidez, medo da rejeição... o que seja. Mas desta encontrei um rapaz tão fofinho que quebrou a barreira e me faz querer apenas convidá-lo para um café que não seja ele a servir.
Se isto fosse o consultório da revista Maria, acabava este post com um:
- Será que sou normal?
1 comentário:
É normal sim senhor...
Não é normal sere enconado...será que tenho k ir lá explicar cmo se faz??
se nao o fizeres...chibo-me e digo o nome do spot lol e vais terk arrancar mtos bigodes... lol
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