segunda-feira, 30 de junho de 2008

Encontros inesperados!!


Meu amigo hobbes no post anterior faz menção à amplitude dimensional deste mundito…


Sem dúvida que é pequeno…muito pequeno…e quer queiramos ou não…acabamos sempre por tropeçar uns nos outros…


Já havia referido que eu e o Hobbes, não nos conhecemos ou melhor conhecíamos pessoalmente…mas quis o destino, mesmo sem que nada tivéssemos combinado…estarmos no mesmo local, à mesma hora…partilhando o mesmo ar nefasto de um qualquer antro pecaminoso…


Ora qual é o meu espanto…quando dou uma vista geral ao pouco pessoal que decidiu ir para a disco denominada, como um “amigo” meu há pouco tempo apelidou, para disfarçar dado que estávamos num sitio publico, aquela cena que gira ao vento…ou seja, vulgo “moinho de vento”, e vejo um rapazote…que penso ser meu camarada bloguístico…


Tive receio de não ser ele…já que, já tinha visto um rapaz lá uma vez, muito parecido com ele…e na altura não meti conversa com ele, porque a incerteza de errar a pessoa…assustava-me um bocado…e ainda bem que não o fiz…já que depois o vi no dia seguinte num café da santa terrinha…mais uma vez…que mundinho pequenino…


Solução? Fácil, agarrar no telemóvel e enviar um sms, com a pergunta: “Por um acaso não estás no moinho?”


A resposta foi afirmativa…e lá houve o primeiro passa bem…entre os dois pais desta obra-prima, que é este fantástico blog…sou mesmo modesto não sou?


A conversa não foi muito longa…quiçá até um pouco estranha…pois no afinal de contas…estavam ali duas pessoas que nunca se tinham visto…sem nada terem combinado, e que já confidenciaram muita coisa um ao outro…


Depois seguiu um para um canto e outro para o outro…aproveitando a companhia dos amigos que os desentocaram para mais uma noite de puro degredo…


A noite acaba…rescaldo muito pouco positivo se verifica…


A disco estava praticamente às moscas…quem estava não era nada de jeito…tanto eu como o Hobbes enfretavamos alguns fantasmas…mas ficou aquele primeiro passa bem inicial…e como pessoas bem-educadas que somos…um final…em jeito de fica bem…e até breve…


Esperamos agora um café…devidamente combinado…sem fantasmas que assombrem a conversa…e de preferência num sítio mais neutro e normal…


Ps: a imagem, não tem nada a ver com nada…mas acho que representa bem o ridículo da situação lol




sábado, 21 de junho de 2008

A Teia



Todos nós já dissemos, uma vez que fosse, “foda-se, este mundo é mesmo pequeno”. No que diz respeito ao “mundo gay”, a pequenez é ainda mais perturbadora e acaba por nos perseguir. É tipo o hi5 e é certo que em dois ou três passos, todos nos conhecemos uns aos outros. Às vezes dizemos esta expressão a sorrir e, de facto, é algo com piada. Contudo, noutras deixa-nos as entranhas às voltas. Ontem, foi uma dessas vezes.

Ultimamente, uma nova companhia juntou-se ao meu núcleo duro de amizades: um amigo de um dos meus melhores amigos. Já o conheço há coisa de mês e muito e até conversamos bastante, mas o tema raramente é o passado. Falamos de política, de valores pessoais, da forma como cada um encara a homossexualidade… conversas sérias, diga-se. E temos pontos de vista quase sempre opostos, com as discussões a serem uma constante. Ontem, antes da derrota de Portugal frente à Alemanha (sim, há gays que gostam de futebol e até combinam ver os jogos todos juntos), descobrimos um grande ponto em comum: um ex-namorado, que nos marcou mesmo muito – ainda que de formas muito diferentes. E pior, ele é o meu antecedente, o verdadeiro “ex do meu ex”. A linha cronológica perfeita. E, desta forma, encaixei muitas peças que teimavam não querer fazer parte do puzzle.

Depois do jogo, de um jantar tardio ao pé do mar e de umas cervejas pela baixa, ficámos no carro, à minha porta, até às 5h e muito da manhã a conversar. No meu caso, a relação não teve um fim, por isso sempre foi um pouco complicado aceitar as coisas. Por não as ter percebido e pela falta de um ponto final. Por temer não fazer ideia de quem era a outra pessoa no final da relação, por muitas dúvidas e perguntas por responder. Eu e ele não ficamos amigos, não conseguimos. O mesmo não se aplica ao outro rapaz. A amizade vinha de trás e a relação aconteceu apenas durante um período de afastamento do ex-namorado, para o qual voltou. Depois disso, as coisas mantiveram-se e eu apareci na vida do meu ex-namorado. Desta forma, ontem duas pessoas perceberam que já se conheciam há mais de dois anos e de recentes conhecidos, passamos a ter algo que nos une – e já ouvimos mesmo muito um do outro.

Não foi uma conversa emocionada, foi tão racional como longa. Perceber que há sempre uma causa para uma consequência, que as coisas não acontecem por acaso. Que os traumas não aparecem do nada e o conceito de “má pessoa” muitas vezes vem de uma ferida que teimamos esconder. Que o “putedo” muitas vezes aparece pela falta de auto-estima e inseguranças pessoais. Que a solidão nos vira do avesso e nos transforma nos nossos piores fantasmas. Que insistimos em nos auto-destruir por termos tanta pressa de viver e experimentar. Que ao magoarmos uma pessoa, isso muitas vezes vai fazer com que se vingue noutra. A clássica bola de neve imparável.

Depois de um longo banho, ontem deitei-me de luto. Parte de mim, finalmente, morreu de vez. As respostas às minhas perguntas, essas, apareceram da forma que menos esperava. Cada vez mais acredito que nada (mas mesmo nada) nos acontece por acaso. E que as pessoas que se vão atravessando no nosso caminho muitas vezes têm algo muito importante para nos dizer – basta usar a paciência e saber esperar que esse momento chegue, para perceber o quê. É estar atento…

terça-feira, 17 de junho de 2008

Petróleo!


Este post será um desafio para os…poderemos dizer, criadores do blog, já que escritores não somos…utilizemos então a palavra criadores…


Hoje deu-nos na cabeça…na de cima e não na de baixo…de escrevermos um post a meias…nem sequer temos tema…mas olha, eu que o início (garfield) deu-me para escrever petróleo…vai-se lá saber porquê…


Para perceberem as dinâmicas…eu escrevo um paragrafo e depois é a vez do Hobbes…vamos lá ver que rica merda vai sair daqui…mas como escritores que não somos…podemos dar-nos ao luxo de escrevermos o que nos der na real veneta… (passo a bola a ti hobbes)


E pronto, depois de mandar o único contacto no MSN que teimava não desamparar a loja (de modo a que eu pudesse escrever este texto) ir bater uma, aqui começo eu este desafio. Petróleo… Bela encomenda me havia de sair. Quando penso na palavra, penso logo noutra a seguir e inevitável: a crise energética. E com isto, chego à dependência – neste caso, a nossa dependência face ao combustível. Parece que de um dia para o outro percebemos que a ficção científica nos pode bater à porta. E este é um tema sério, que merece ser abordado por mentes mais capazes do que a minha à 1h da manhã. Já noutras alturas do dia, sabe deus… Queria “te passar a bola” com uma deixa jeitosa, mas a imaginação não está a colaborar. Por isso, desenrasca-te!


Bater à porta? E Bater à punheta? Foda-se andas a pensar demasiado em bater lol e se passasses aos efectivamentes? Lol olha eu para ver este ficheiro, nos documentos recebidos depois de escreveres o parágrafo que te compete e mo devolveres, o que vejo eu?


Vejo uma foto de uma pila…reflexos da utilização do pervertido, ex colega de casa, que só pensava em foda…nem por querer lol


Mas voltemos ao petróleo… Começo a ficar farto de ouvir falar nesta merda do petróleo e da crise e que tudo está difícil e afins…e olha que o petróleo até me tem trazido momentos agradáveis…leiam lá o ultimo post lol


Mas se está assim tão mal…porque não deixam de ser cuzões e andam a pé? Ou de bicicleta? Assim ao menos, para além de fazer exercício físico e de abater esta e aquela gordurinha, já não vão a fazer aquela figura de urso, que nos portugas tão bem encaixa, de ir no carro, com a música aos gritos e a cantar como se fossem estrelas…sempre acompanhados do belo tirar do macaco, enquanto desempenham tão brilhante performance lol (és tu outra vez Hobbes)


Enquanto uns pensam, os outros praticam… E com este pensamento arrumo o assunto das punhetas, já farto delas ando eu. Quanto ao ex-colega e às pilas (e respectivas quecas) que coleccionava, mais vale mesmo deixar atrás das costas (o tema, não o dito cujo por mais comestível que eventualmente possa ser).


Concordo contigo em relação ao comodismo dos portugueses. Muita gente iria de casa ao café de carro, estacionando ao balcão apenas para o tomar. Mas o carro dá jeito. Para andar na rua a assobiar “às gajas boas”, para ir até à beira-mar ao domingo à tarde com “a patroa”, enquanto ela faz o seu crochet e ele ouve o relato da bola. Para a nossa geração, o carro são as quatro paredes de um carro e a suspensão é o que mais se assemelha a molas de colchões. E nisto, voltei ao tema “foda”. Será que os homens não pensam mesmo em mais nada?


Hobbes não te queixes…pois caso não te lembres…o petróleo e os carros deram-te uma prenda inesquecível…uma bela colecção de chatos lol e olha aqui o “je” a bombar num carro junto à Praínha…fodendo como se não houvesse amanhã…


E logo eu…que detesto dar fodas no carro…puta que pariu…quando vais a ver, quase tens a alavanca das velocidades metida no cú…porque estás demasiado escarrapachado, tentado usufruir de tudo aquilo que achas que tens direito…e mesmo ao que achas que não tens…


Mas para tornar a coisa mais interessante…pode sempre acontecer-te o que já me aconteceu a mim…estou eu e o meu ex…dando a bela da foda na mata…e já estás completamente descascado…os priliminares completamente ultrapassados…e tens um mirone ao ladinho a ver toda a tua performance lol


Mas esqueçamos a foda…o tema é o petróleo… ou Pitroil como os tão instruídos portugueses que vão falar para o Telejornal dizem…


Quem não curte ver o Zé Povinho…com trezentos dos seus semelhantes, com o telemóvel em punho, ligando para os familiares, avisando para ir correr ligar a televisão (tilivisão para eles), porque eles vão aparecer lá trás a coçar os tomates…enfim


E lá está o da frente…com os bigodes ainda cheio de “binho” dizendo: Foda-se a merda dos políticos…Não fazem nada para que o preço do pitroil baixe…Como vou eu dar de comer às minhas cabras (entenda-se que aqui são mesmo cabras, o senhor não é chulo tá?) Com esta merda de aumentos até a merda das rações estão mais caras…Continuem assim seus bois de merda, que daqui a nada serão vocês que estarão a comer merda amassada com açúcar que é doce… (Nesta altura já pus os tampões nos ouviditos dos meus sobrinhos, porque a conversa televisiva, está a ser muito hard core e não quero que os meus meninos tenham uma boca de lavagem…) (you again Hobbes)


Afinal não passo a bola ao Hobbes…ele hoje não está mesmo com cabeça…e a mãe esteve mesmo agora a chagar-lhe o juízo…e aqui fica um primeiro ensaio…prometemos uma outra tentativa ainda mais alienada e sem nexo…


Post by Garfield and Hobbes

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Pela boca morre o peixe!!


Antes de mais, acho que devo pedir desculpa pela minha ausência…


As ultimas semanas não foram muito fáceis, por isso andei afastado de tudo e de todos…daria com certeza material para um post tudo aquilo que me aconteceu…mas como não gosto de me queixar, vou tentar não dar importância a pormenores, sim porque quando é merda (mesmo que a merda sejam pessoas), para mim são apenas pormenores…Olho, se o cheiro for muito intenso, cheiro (que remédio tenho eu…o cheiro está ali lol) e depois desvio-me e prossigo a marcha…


Meu caro Hobbes…nem te passa pela cabeça…opah tanto critiquei uma ou outra situação…que acabei por fazer o mesmo…bem diz a sabedoria popular…”Pela boca morre o peixe”…


Lembras-te de te ter contado, que na semana passada tive um encontro de terceiro grau com um rapazola todo jeitoso?


Para que não fiquem a nadar, na semana passada vai aqui o “je” todo airoso e pimpão por combustível às bombas de sempre, depois do trabalho.


A rotina é tal, que o empregado, Miguel de seu nome, já sabe a quantia que vou abastecer e logo no balcão põe um maço de John Player Special preto.


Mas cheguei e ele não estava. Estava de férias e em seu lugar estava um miúdo. Muito ao meu estilo, meti conversa com ele, e acabo por dizer uma ou outra bacurada… Sai uma gargalhada, as pessoas que também estão na bomba, também se riem e acabo, depois de ter abastecido, por estar a fumar um cigarro com o rapazola.


As bacuradas continuam, e lá estou eu, o rapazola e outro rapaz a fumar cá fora. E lá acaba o outro rapaz por se meter também na conversa.


Clientes chegam e o rapazola tem que ir de novo para dentro da estação e quem fica cá fora? Eu e o outro menino, que de feio não tem nada…Mas…Lá me acaba por sair um: “Conheço-te de qualquer lado…” ao qual ele prontamente me responde: “Costumas ir ao moinho de vento?” Ok…se tinha alguma dúvida, morreu logo ali lol…


A conversa foi agradável, e acabei por fazer uma coisa que nunca faço, ceder o meu número de telemóvel…opah o rapaz é um pão…. E eu não sou de ferro né?? Lol


Muito poucas sms foram trocadas, mas o que é certo, é que no dia seguinte estava na porta do meu trabalho à minha espera…Conversa….volta de carro…um e outro cigarro…um estacionar junto à praia…o resto do filme vocês já lá chegam sozinhos lol


E lá estava eu…fazendo aquilo que critico…sexo por sexo…mas não me arrependo nada, porque foi efectivamente bom…ele é bom…e olha caguei para a cena lol


Foi trocada mais uma e outra sms, mas sou sincero, não esperava voltar a vê-lo…


Contudo, ontem depois do trabalho, decidi ir comprar cigarros às bombas e estava a entrar no carro e pensei e se lá estivesse o… (desculpem mas nomes não digo lol), e lá vou eu para as bombas.


Estava a chegar, e ele também…desatei a rir, ele sorriu também, não percebendo muito bem porque gargalhava eu…mas depois de explicar entendeu a situação… E pronto…mais uns dedos de conversas, mais uma volta…e não vou mentir…olha pimba outra vez lol


Será que arranjei um fuck friend? Ou será que estou a ser demasiado oferecido lol


Uma coisa vos digo…de momento não devo nada a ninguém porque estou sozinho, e irei aproveitar apenas esta queca esporádica, porque não sei se já mencionei….ELE É MESMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO BOMMMMMMMMMMMMMMM LOL

Reaparecimentos



Nunca gostei de surpresas, boas ou más. Talvez goste demasiado de controlar todos os aspectos da minha vida para aceitar algo inesperado a bater à porta. Seja como for, não gosto. No final da tarde de hoje, recebi uma chamada (de número privado) e acabei por levar um choque quando a voz do outro lado me responde com um “olá” ao meu “estou?”. Ainda que ninguém estivesse à porta, era o passado que nela batia. Um dos meu ex’s (ainda que não tenha sido namorado, mas na prática foi como se fosse) ligava-me, uns 8 meses depois.

Andámos durante o Outono. A relação até corria bem, ainda que fosse o lado sexual a segurar todos os outros aspectos (o frio era o pretexto para nos enfiarmos sempre na cama). Eu já andava farto de tudo aquilo, a personalidade introvertida e pouco comunicativa dele não ajudava em nada a superar o vazio em que a relação se tinha tornado. Nem para a frente nem para trás, esse movimento só acontecia na cama e sem sairmos do sítio. Numa das noites, com a cabeça no meu peito, saiu-se com o clássico:

- Sabes, acho que temos de conversar…

Rapidamente percebi que estávamos em sintonia e resolvemos “ficar amigos” (uma ova, isto nunca acontece). Durante uma semana, mantivemo-nos em contacto, na habitual conversa da treta. Só não falávamos do tempo. Até que, passado pouco mais de uma semana, sou confrontado com um:

- Voltei para o meu ex, graças a ti percebi que ainda o amava.

Pensei “olha, ainda bem que foi preciso a minha pila estimular-te o cérebro para perceberes isso”, mas de facto não me senti usado nem fiquei magoado. Por ele, pouco mais além de atracção física sentia – e isso desaparece com a mesma facilidade que aparece. Dado que foi um episódio de fraco impacto, rapidamente ficou na sua gaveta e não voltei a pensar muito nele. Ainda para mais, passadas umas semanas também eu conheci alguém com quem as coisas começaram a correr francamente bem (ainda que depressa dessem para o torto). Por tudo isto, a chamada apanhou-me desprevenido.

Sem grandes dúvidas, percebi que devia estar meio zangado com o namorado (os gajos são todos iguais) e que se a conversa continuasse, iria ser o ombro dele. Se tivesse feito uma aposta com os meus botões, neste momento estava desabotoado. E, também, rapidamente as insinuações mostraram que o que queria não era apenas o ombro e que a hipótese de um colinho lhe parecia muito melhor. O “não queres vir dormir cá a casa hoje?” surgiu passado uns 10 minutos de conversa. O anjo que vive dentro de mim sugeriu o “tu namoras”, mas não foi essa a resposta que dei.

- Está muito calor.

Do outro lado, recebi um “tens de encontrar alguém, não podes continuar sozinho”. Desliguei a chamada, depois de um seguro:

- Olha, vai à merda.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

apetites



Todos nós temos pensamentos que – mais cedo ou mais tarde (e tendem para o mais cedo) – nos levam ao arrependimento. São os chamados “vaipes” e cada um de nós acaba por os ter numa escala diferente. Os meus já foram bem mais frequentes e comecei a treiná-los de há uns tempos para cá. Agora, são tipo a menstruação: uns dias por mês e pouca gente nos atura nessa fase. No rescaldo do problema dos chatos (ainda que de forma subconsciente) e por imensas paranóias e dúvidas acumuladas, tirei a tarde de 2ª feira para me enfiar dentro da casa de banho.

Foram mais de duras horas, uma valente dor de costas e uma sensação de leveza extraordinária no final. Se algum de vós está com ideias de origem escatológica, bem que as pode esquecer. Resolvi deixar o meu corpo visível e tratei de tirar toda a cobertura. Sim, rapadinho. Do pescoço para baixo, não existe mais nada preto (e sim, agora sei que exagerei na opção “vamos tirar TUDO”). Até aqui, nada de extraordinário. O problema foi chegar à conclusão que isto foi uma decisão muito, muito errada. Ficar com um corpo de pré-adolescente não é daquelas coisas que me faça sentir muito atraente. E agora quando me vejo ao espelho, só vejo uma coisa: a pila. Nunca pensei que se destacasse tanto! Gente gulosa, não fiquem com água na boca. Ou fiquem, mas é a única coisa que irão ter na boca…

Ora bem, além deste factor (e de começar a pensar que isto daqui a uns dias vai picar mais do que um cacto e será mesmo por TODO o corpo), há o problema do calor. Ao contrário da maioria dos homens, tira-me todo o apetite sexual. Mesmo que veja um rabinho apontado para mim na rua, olho e penso “está bem” ao contrário do habitual conteúdo porno/brejeiro que me passa pela cabeça noutras alturas do ano (claro que é proporcional à qualidade do material à vista). E hoje, numa das conversas via MSN que já me tira a paciência (mas que, por educação, vou mantendo sem que lhe espete um block), reagi com uma sonora gargalhada ao:

- Queres o meu rabo?

Em abono da verdade, diga-se que (virtualmente pelo menos) nem é mau de todo, mas todas as actividade sexuais neste momento são para mim cómicas. O sexo por si nunca me fascinou, mas como homem que sou (e falsos moralismos de parte), nem sempre se fica indiferente a uma proposta – o que não tem necessariamente de levar a aceitá-la, claro está. Nada disto me assustava se não estivesse há uma semana sem trabalhos manuais. Ainda por cima sendo eu um adepto da religião “uma por dia, dá saúde e alegria”. E como até sou um gajo divertido, raramente me ficava por uma. Pois bem, voltando ao tema: perdi o meu apetite sexual. Pode estar apenas de férias (ou afectado pela greve dos camionistas e com falta de combustível), mas pode se ter perdido algures por aí. Se o virem, digam-lhe que me faz falta e que seria agradável se ele aparecesse. Não seria para comer o rabo do outro, apenas para me sentir um pouco mais normal neste corpo depilado.

Muito agradecido.